terça-feira, 5 de abril de 2016

Vinho, uma boa leitura!



Vinho é uma boa LEITURA! Como assim?



Pra começo de conversa, quem bebe bons vinhos provavelmente desfrutou ou desfruta de uma boa leitura, não é uma questão de exibicionismo, mas vinho e cultura andam lado a lado, não adianta beber vinho, um apreciador de vinho ao degustar um rótulo, perguntas vem a sua cabeça automaticamente, por exemplo: Quais uvas? Terroir ? Vinícola? Produção? Passou por madeira? Teve amadurecimento? É de que origem? Novo mundo? Harmonização? Hum... Será que tudo isso realmente influencia? Confesso que, essa questão a cima apresentadas é apenas a ponta do Iceberg, há estudiosos que desconsideram tudo isso, porém, a maioria dos mortais, incluindo esse que está escrevendo, também faz de uma simples bebida de uma taça de vinho se transforme em um ritual, desde a cuidadosa e minuciosa escolha do rótulo, que pode ficar anos a fio repousando na adega, até o tipo de taça e serviço que será realizado no vinho. 

Logo quando comecei a me interessar pela bebida misteriosa e milenar, fui apresentado a rótulos extremamente doces, melhor dizendo, acrescido de açúcar de cana e não era nenhum espumante, então não foram experiências exitosas, pelo contrario, me afastaram dos vinhos... Resolvi escrever esse pequeno artigo pois, me perguntaram como é que eu conseguia beber vinho seco?  Hã!!!!! Isso mesmo, pra quem não é apresentado aos vinhos por bons rótulos, fica com essa impressão.
Um dia desses fui a uma festa simples, onde fora servido um tinto seco de uva Bordeaux, pensei, seco Bordeaux? Deve ser bom, pra minha surpresa, era intragável, um dos piores vinhos que já provei, era de uma marca bem conhecida e de grade volume, Quintas do Morgado, mas... não vamos discorrer sobre essa experiência. Dai juntei, agora já sei por que o nobre amigo não gostou de vinho seco, ele provavelmente bebeu um vinho acessível e ruim como esse que provei, fiquei (IN)satisfeito) no segundo gole.
Veltemos então as leituras, degustar um vinho sem ter a mínima ideia da sua produção, sem a devida interpretação do rótulo, sem o conhecimento da uvas envolvidas na produção. Bem, cabe ao degustador esse preparo.